A vez do síndico profissional

Uma das tarefas mais difíceis para quem vive em apartamentos é a escolha do síndico. Poucos moradores estão dispostos a dedicar tempo e paciência ao bem estar do prédio, algo que por vezes envolve a fiscalização de vizinhos e conflitos com seus pares – afinal, a convivência não é algo fácil nos grandes centros.

Por conta desse quadro vem ganhando força a figura do síndico profissional, uma pessoa que não vive no condomínio, mas é paga para zelar pelo mesmo como se vivesse ali. É nesse universo que o administrador Nilson Soares encontrou sua vocação, cuidando atualmente de mais de dez condomínios na cidade de São Paulo.

“Trabalho em condomínios de 1994, mas foi somente em 2009 que montei uma empresa que só cuida desses serviços”, conta ele. “O síndico profissional é como um prefeito. Você tem mandato, é eleito e precisa conhecer toda a parte operacional e jurídica de um condomínio, tudo o que está no código civil e que compete ao síndico”.

A habilidade

Além da parte técnica, Soares acredita ser vital ao síndico profissional a habilidade de administrar conflitos, sejam referentes ao interesse coletivo ou até mesmo de apenas dois moradores – em sua maioria gerados pela diferença de opiniões.

“O lado bom da profissão é que as regras são bem estabelecidas. Na convenção do condomínio estão as regras específicas de convívio. Depois existe o regimento interno, onde estão as particularidades do prédio, como os horários de uso de áreas comuns”, explica o síndico, que precisa fazer com que tudo seja cumprido.

“Alguém fez algo que não pode? Então o síndico tem que notificá-lo. Se alguém quer usar um espaço precisa falar com o síndico. Já se for algo mais complexo vai para a assembleia e acaba em votação – o que a maioria decidir será feito”, completa Soares, deixando claro a importância de conhecer as particularidade de cada prédio.

É nas mãos do síndico profissional que estarão os contratos de manutenção de elevadores, bombas, jardins e piscinas. Mesmo assim, Soares garante que a maior parte do tempo é gasta na administração de conflitos envolvendo pessoas – e não em problemas estruturais.

“Já passei por algumas situações curiosas. Você está andando no estacionamento e flagra o morador no carro fazendo o que não deve – e filmando! Em outros casos as pessoas querem partir para agressão, algo quase que comum”, relata ele, ressaltando que o serviço não tem segredo: só é preciso fazer valer a lei. “Às vezes é mais difícil porque o ser humano não gosta de cumprir regras”.

O mercado

Questionado sobre o mercado Soares afirma que a profissão está crescendo, sendo que em São Paulo apenas 2% dos condomínios têm síndicos profissionais. Os interessados devem procurar por cursos onde aprendam o básico do serviço e da legislação – e onde descobrirão se possui estrutura para o serviço.

“O primordial para um novato é saber administrar conflitos. Não pode ser uma pessoa que leva as coisas para o lado pessoal. Muitas vezes o morador te xinga e você não pode ficar chateado, pois sempre vai acontecer. Tem que ser uma pessoa calma e com uma visão ampla”, garante o veterano.

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Fonte: www.vagas.com.br

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